1º. de maio de 1955, perante uma manifestação de 200.000 operários na Praça de São Pedro, em Roma, o grande papa Pio XII, de saudosa memória, disse: “Neste dia 1º. de maio, que o mundo do trabalho adjudicou como festa própria, eu, Vigário de Cristo, queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres. Tomado neste sentido pelos operários cristãos, o 1º. de maio, em vez de ser fomento de discórdias, de ódio e de violências, é e será um convite constante à sociedade moderna a completar o que ainda falta à paz social. Seja, portanto, o 1º. De maio uma festa cristã, um dia de júbilo para a triunfo concreto e progressivo dos ideais da grande família do trabalho” (cf. O Santo do Dia, S. Conti, Vozes, 4ª.ed., p.189). Depois de proferir essas palavras o papa instituiu neste dia a Festa de São José Operário, Protetor e Modelo de todos os trabalhadores.
No Evangelho de São Mateus, Capítulo 13, versículo 55, falando sobre Jesus encontramos a frase: “Não é ele o filho do carpinteiro”. No latim antigo São José é denominado no evangelho de “faber”, uma profissão ambivalente, incluindo o marceneiro e o ferreiro. Portanto, podemos crer que na sua pequena oficina em Nazaré, José desenvolveu essas duas profissões. No Evangelho de São Mateus 1, 19, falando sobre Maria encontramos a frase: “José, seu esposo, era um homem justo…”. Na linguagem bíblica isso significa um homem repleto de todas as virtudes, de santidade completa. Homem orante, trabalhador, respeitador, bondoso e honesto. Sendo assim, acreditamos que seu relacionamento com seus fregueses era inspirado no respeito, na justiça, na honestidade e dignidade. É neste sentido que o papa Pio Xll colocou São José como modelo e protetor dos operários neste dia 1º. de maio. Que Deus através da intercessão de São José Operário abençoe todos os trabalhadores do mundo inteiro.